Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil da meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os dois meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram a um lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em duas metades,
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
Mas carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Este blog esta sendo grandioso na construção da interação do professor Gomes com o público que goza da literatura. Como afirmou Gullar: ''a arte existe porque a vida não basta''. Logo, é necessário estabelecer conexão onde quer que estejamos para não deixar murchar a dantesca maneira de pensar a arte literária. Pequenos opúsculos que aqui estão, excertos de obras literárias são de imensa importância na contribuição do universo poético, sobretudo à vida. Parabéns, professor Gomes! Fico grato com mais uma ideia maravilhosa a respeito da construção da vida por meio da literatura. Magnífico e multiplicador. Em breve estarei comentando mais. Professor Maurício Viana
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Logo tecerei comentário sobre um grandioso livro da literatura francesa, cujo autor é André Gide – Os Frutos da Terra
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