Desde época da faculdade gosto da temática sobre memória. Costumo falar nas minhas aulas sobre memória e aprendizagem o seguinte: nós somos as nossas memórias. Vejam, fui pega por mais uma memória, que coisa, hein? Eu acredito que somos feitos de memórias, sejam elas verdadeiras, meias verdades, meias mentiras, imaginadas, enfim, elas são nossa base. É muito comum revisitarmos nossas memórias por experiências, e essa semana fui invadida por inúmeras lembranças ao ouvir a obra de Tayná Saez, “Pequenas memórias”.
Eu já falei da Tayná por aqui (postagem 1, postagem 2, postagem 3), uma pessoa quem admiro, acompanho o trabalho e tive a oportunidade de participar de algumas aulas sobre escrita criativa que ela ministra. Lá vai mais uma memória: não sei como cheguei ao Instagram dela (clica para acessar aqui), mas me identifiquei de cara com seu trabalho. Na época estava bloqueada para a escrita científica, o doutorado me deixou vazia e engessada para escrever. Ao participar das aulas de suas aulas fui aprendendo alguns exercícios, mas, principalmente o resgatei a minha essência, o meu estilo de escrever. Enfim, vamos falar do minibook .
A obra é composta por crônicas autobiográficas:

#01 palavras de ouvir
#02 a beleza das coisas
#03 viajante no tempo
#04 intimidade
#05 gigante manso
#06 via láctea
#07 rua das sombras
#08 desacontecimentos
#09 azul muito feliz
#10 fenda particular
#11 vida de plástico
#12 amor inventado
#13 eu me lembro
# 14 o nome do amor
#15 de corpo inteiro
Bom, como não sou uma crítica literária, irei compartilhar minha experiência como leitora. “Pequenas memórias” costuram inúmeras experiências pessoais da infância a fase adulta. São textos bem intimistas (até indaguei enquanto ouvia o audiobook: “como deve ter sido para Tayná escrever sobre si?”) que retratam relações familiares, relações consigo mesma, percepções do mundo (passado e presente), detalhes do cotidiano, hábitos. É muito provável que você vai se identificar com alguma crônica.
A descrição dos detalhes do ambiente e das experiências são absurdas. Por vezes me peguei imaginando as cenas das suas histórias misturadas com as minhas experiências. Bem, Tayná, se você tinha o objetivo de despertar as memórias dos seus leitores, bingo, você conseguiu.
O que eu aprendi ao ler “Pequenas Memórias”? As memórias mais simples, despretensiosas, são as mais ricas. Às vezes é difícil acessar a algumas lembranças, outras parecem tão fáceis. Mas, elas estão lá, registradas em nosso comportamento e afetos. Ah Tayná, quase esqueci de falar, adoro sorvete de milho verde; sou fã de Cazuza; tive diários na infância; morei num apartamento minúsculo. Ahh as memórias…
Como ter acesso ao livro e audibook? É bem simples, você vai baixar o aplicativo Skeelo (clica aqui para acessar) e fazer o cadastro. Depois, acesse o link do livro para ter acesso a “Pequenas Memórias”(clica aqui). Caso você não consiga essa etapa, recomendo acessar o Instagram de Tayná, “Sutilezas Atômicas” (clica aqui). No perfil está disponível o link de acesso. Parabéns, Tayná. Nós do Facetas, queremos ler e ouvir mais suas escritas. Nos empreste seus sons das escrita para apreciarmos.
Winnie, Gomes e Angel.