Olá, leitores! Na semana passada o Facetas foi de sebo em sebo a procura de livros, revistas e discos. Por ser ponto facultativo (dia 8), isso possibilitou a nossa visita às livrarias e antigas bancas onde adquirimos alguns livros. Entre tais, destacamos três no artigo de hoje. São eles:

1 – Os 100 melhores contos de humor da Literatura Universal, org. do escritor gaúcho Flávio Moreira da Costa (1942-2019), publicado pela Ediouro, em 2001. Para para a realização desse trabalho, o pesquisador “leu mais de dois mil contos para chegar a esta seleção” dos 100 melhores.

Trata-se de uma antologia magistralmente organizada, que reúne quase três mil anos de literatura de humor, de Homero a Fernando Veríssimo. Passando por Oscar Wilde, Artur Azevedo, Gogol, João do Rio, Kafka entre outros. Cujo objetivo manter viva “a arte de contar histórias imperiosas da necessidade humana”, ou seja, usar a capacidade “de rir” por meio dos diversos tipos do humor.

Segundo o autor, “o homem comum acha que o humor é apenas o cômico”. Porém, “sua percepção se limita apenas a uma das mil faces do simples ato de abrir a boca” e contar, falar ou narrar com inteligência sobre os hábitos e costumes dos povos com crítica social, na maioria das vezes.

Os 100 melhores contos… não é excelente apenas pelo riso que provocam aos que os lerem, mas, acima de tudo, pela sensibilidade da abordagem aos temais sociais, como pano de fundo do humor praticado por escritores de todos os Continentes terráqueos.

2 – Museus do Amazonas (publicado em Manaus, pela Edua, em 2012), de autoria das professoras e pesquisadoras Rila Arruda Costa e Marilina C. Oliveira Bessa S. Pinto, graduadas em Sociologia e Filosofia, respectivamente, pela UFAM, cujas pesquisas resultaram na edição desse excelente livro.

A estudiosa sobre essa temática, Regina Vasconcellos, diz: “Museus do Amazonas é uma espécie de livro-painel que apresenta a evolução das unidades museológicas e da política do patrimônio do Brasil. Com ênfase na configuração em uma importante fonte para aqueles que estudam o tema, ou ainda que, simplesmente desejam conhecer melhor os museus amazonenses. Também é um importante documento de recuperação da memória museológica do Amazonas, que amenizará a carência bibliográfica local. Espera-se que esta iniciativa, além de transmitir informações acerca dos museus locais, seja também, um estímulo à reflexão do assunto e motive a produção de novos trabalhos que aprofundem as questões museológicas”.

A apresentação da em questão, está assinada pelo notável sociólogo amazonense, o doutor Renan Freitas Pinto, escritor e professor da UFAM, o qual faz esta observação: “As autoras concluem apontando para uma situação de precariedade e carência dos poucos museus existentes, mas apontam com firmeza sobretudo para a ausência de uma política de museus.”

3 – Juscelino Kubitschek: o presidente bossa-nova (texto de Marleine Cohen, editora Globo, 2005). Obra muito bem produzida, tanto textual quanto fotográfica que ilustra fatos sociais, políticos e econômicos vividos por JK, como ficou conhecido em todo o Brasil.

De acordo com a escritora Adelaide Amaral, autora das minisséries de TV Um só coração e JK, na apresentação do livro em análise, sob o título: “O homem que sonhava no futuro”, discorre com precisão a trajetória de vida de Juscelino: desde a infância do menino em Diamantina (MG), no início de 1900, até a morte dele aos 73 anos “naquele trágico acidente na via Dutra” em 1976.

Ela assegura que JK “foi um médico dedicado que fez do ofício de salvar vidas, sua principal catequese, mas não resistiu ao apelo da política”, abraçando a vida pública numa trajetória sempre ascendente: prefeito, deputado, governador, senador e, por fim, presidente do Brasil (que achava ter feito em 5 anos de mandato presidencial, 50 anos de progresso para o país). Sua maior promessa de campanha era construir a nova Capital Federal no Planalto Central. Cumpriu. Construiu Brasília.

Por fim, assim narra Adelaide: “A era JK foi uma época tão culturalmente rica, que gerou oportunidades mais do que nunca e o consagrou nosso maior presidente”, o qual ficou popularmente conhecido como o “presidente pé de vento”, ou “presidente bossa-nova”, por ser um fervoroso adepto da boa dança de salão e da música do gênero Bossa Nova, dos anos 50.

Cabe, portanto, aos nosso seguidores à leitura dos livros acima citados. A todos o nosso muito obrigado, por nos prestigiarem semanalmente, sempre.

Notinha útil – Parabenizamos a aluna Juliana Miranda da Silva (16), do 9º ano da Escola Estadual Jairo da Silva Rocha – Zona Leste de Manaus -, campeã tanto dos Jogos Escolares do Estado do Amazonas como dos Jogos da Juventude a nível nacional, na modalidade Wresting (luta olímpica), recentemente. Essa jovem tem carreira garantida no mundo do esporte. Porém, precisa-se urgentemente de patrocinadores, para que outros prêmios sejam conquistados por ela e pelos que a apoiam. Acima, foto da campeã com a professora Nayana da Silva Almeida, de quem recebe suporte desportivo, sempre (www.facetasculturais.com.br).

Por Angeline e Francisco Gomes e Winnie Barros.

Fontes acima citadas, nos itens 1, 2 e 3.