“O Filho do Homem”

Independentemente do nosso credo religioso e o dos nossos leitores, já é tradição do nosso blog, a publicação dos artigos especiais com mensagens de Natal e do Ano Novo. Hoje, então, selecionamos dois CDs – apenas referenciais -, dois poemas- textuais -, e uma entrevista – pessoa comum – no Notinha Útil.

Os discos são: Natal Ternura (s/d), selo da Gravadora católica Paulinas que contém 11 canções, com regência e harmonia de Fr. Luiz Turra. Entre elas está o clássico Noite Feliz, de F.Gruber, Chega a Ternura (P. Domergue- adpt. Luiz Turra), Um anunciou (tradicional), etc; e 25 de Dezembro, lançado com sucesso em todo Brasil pela cantora Simone (73 anos de idade) em 1998, em dezembro daquele ano. Com 11 músicas, como Então É Natal. Um clássico de Lennon e Yoko, Jesus Cristo, de Roberto e Erasmo, Natal das crianças (black-oute), entre outras.

Quanto aos poemas, eles são: Poema de Natal, do poeta e médico alagoano Jorge de Lima (1895-1953). A seguir, apenas 3 das 10 estrofes, cujos versos são encantadores, de ternura ímpar. Leiamos: “Ó Meu Jesus, quando Você/ficar assim maiorzinho/venha para darmos um passeio/que eu também gosto de crianças. // – Aquele menino que vai ali/(diversos homens logo dirão)/sabe mais coisa que todos nós!/ – Bom dia, Jesus!/ – dirá uma voz. // Eu hei de inventar pretextos sutis/pra você me deixar sozinho ir./Menino Jesus, miserere nobis,/segure com força a minha mão” (1).

O segundo por nós selecionado é O Filho do Homem, do poeta carioca Vinicius de Moraes (1913-1980), cujas palavras do eu lírico são de surpresa e agradecimento ao mesmo tempo. Incrível!. Vamos aos seus versos: “O mundo parou/A estrela morreu/No fundo da treva/O infante nasceu. // Nasceu num estábulo/Pequeno e singelo/Com boi e charrua/Com foice e martelo // Ao lado do infante/O homem e a mulher/Uma tal Maria/Um José qualquer. // A noite o fez negro/Fogo o avermelhou/A aurora nascente/Todo o amarelou. // O dia o fez branco/Branco como a luz/A falta de um nome/Chamou-se Jesus. // Jesus pequenino/Filho natural/Ergue-te, menino/É triste o Natal” (2).

Eis aqui, a nossa mensagem natalina para preencher com bênçãos os nossos seres por meio da união das famílias, do exercício da paz, da esperança de novos dias, para todas as pessoas em qualquer lugar do mundo. Seja pelas palavras, abaixo, da nossa entrevistada, pelos discos citados, ou seja pelas fortes palavras dos dois poetas em pauta.

Notinha útil – Aqui mesmo no nosso conjunto residencial, observamos uma casa bem decorada para este Natal. No entanto, estava sempre fechada. Na porta principal, a seguinte inscrição em letras douradas: “Feliz Natal”. Curiosos, resolvemos fazer toc, toc, toc.

A porta foi aberta. A senhora pode falar conosco? Estávamos a admirar a decoração. “Sim. Sou a Júlia Saavedra, tenho quase 60 anos e mantenho a tradição sobre 25 de dezembro, desde os tempos dos meus avós, que eram espanhóis e católicos devotos. Mantenho o colorido das luzes e enfeites, o presépio, a árvore, enfim, tudo que revela o espírito natalino. A minha porta fica fechada para a tristeza não fazer do meu lar a sua morada. Porém, os corações dos que aqui habitam, estão – sempre -, abertos para viver a paz, a fé, a esperança, a justiça, o amor. Felicidades a vocês”. E demonstrando muita simpatia, findou o pequeno diálogo.

Assim sendo, que o significado do Natal possa brilhar em todos os lugares: aqui, ali, lá longe, onde as trevas insistem em abater o brilho do sentimento do amor. São os votos da nossa equipe aos nossos leitores, nossas leitoras com esta singela mensagem.

Feliz Natal!

Angeline, Francisco e Winnie.

Fontes: 1. Lima, Jorge de. Poesias completas, vol. 1. – RJ: Editora José Aguilar, 1974; 2. Português: 2º grau, 3/G. Mattos & L. Magela. – SP: FTD, 1990.

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