Facetas: edição número 501

Hoje atingimos essa edição. Uma façanha por se tratar de uma atividade amadora. Porém, idônea. As nossas pesquisas são todas feitas em fontes seguras em respeito aos nossos leitores. A nossa ideia para o título acima vem de duas obras imperdíveis: “501 Grandes Escritores” e “501 Grandes Artistas”, da Sextante, 2009. Dois guias abrangentes sobre os gigantes da literatura e das artes, cujos volumes fazem parte do acervo do Facetas desde 2012, quando foram adquiridos no Recife, pela nossa integrante, a professora e doutora em educação pela UFPE, Winnie Barros.

Os seguidores deste blog, sabem que semanalmente publicamos um artigo inédito, onde abordamos temas voltados para a literatura e a música, principalmente. E, para esta edição especial, não seria diferente do nosso “padrão”. Selecionamos, portanto, o poema “O Girassol” de Vinicius de Moraes; e a composição de “Tocando em Frente”, de Renato Teixeira e Almir Sater.

Apesar da sua poética ser construída numa linguagem infanto-juvenil, ou seja, leve, com palavras sutis, a mensagem de O Girassol, é forte, impulsionando o seu leitor a buscar um rumo, uma direção, um caminho certo para viver: “E o Girassol vai girando dia afora…”, grafou o Poetinha. Vamos ao poema: “Sempre que o sol/Pinta de anil/Todo o céu/O girassol/Fica um gentil/Carrossel. // O girassol é o carrossel das abelhas. // Pretas e vermelhas/Ali ficam elas/Brincando, fedelhas/Nas pétalas amarelas. // – Vamos brincar de carrossel, pessoal? // – “Roda, roda, carrossel/Roda, roda, rodador/Vai rodando, dando mel/Vai rodando, dando flor”. // – Marimbondo não pode ir que é bicho mau!/ -Besouro é muito pesado!/ – Borboleta tem que fingir de borboleta na entrada!/ – Dona Cigarra fica tocando seu realejo! // – “Roda, roda, carrossel/Gira, gira carrossel/Redondinho como o céu/Marelinho como o sol”. // E o girassol vai girando dia afora… // O girassol é o carrossel das abelhas” (1).

Linda também é Tocando em Frente. Uma das mais belas guarânias brasileiras. Essa canção nos ensina a se viver sem grandes expectativas materiais, isto é, sua mensagem é uma lição de vida, possibilitando a cada pessoa atingir as suas metas. Vamos à letra: “Ando devagar porque já tive pressa/E levo esse sorriso porque já chorei demais/Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe/Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei/Ou nada sei // Conhecer as manhas e as manhãs/O sabor das massas e das maças/É preciso amor pra poder pulsar/É preciso paz pra poder sorrir/É preciso chuva para florir// Penso que cumprir a vida seja simplesmente/Compreender a marcha e ir tocando em frente/Como um velho boiadeiro levando a boiada/Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu sou/Estrada eu vou // Todo mundo ama um dia todo mundo chora/Um dia a gente chega e no outro vai embora/Cada um de nós compõe a sua história/E cada ser em si carrega o dom de ser capaz/E ser feliz” (2).

Senhores leitores, estes dois exemplos são o nosso norte para continuarmos a publicar os nossos artigos. Girando como o girassol na direção do sol, da luz que nos guia; e/ou tocando a vida em frente já que somos capazes de fazer… mais e melhor. Mas, para tal precisamos do apoio dos senhores, das senhoras que nos seguem. Somos, a todos, muito gratos por nos prestigiarem. O nosso muito obrigado, de coração.

NOTINHA ÚTIL – Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. À todas dedicamos estes versos da música SER MULHER, de Joyce/Ana Terra, lançada por Elis Regina em 1979, para reflexão: “Essa menina, essa mulher, essa senhora/a quem esbarro a toda hora/no espelho casual/é feita de sombra e tanta luz/de tanta lama e tanta cruz/que acho tudo natural” (www.facetasculturais.com.br).

Notinha útil 2 – Parabenizamos a cidade de Lábrea (AM) e toda a sua gente pela celebração dos seus 139 anos de fundação, ontem, dia 7. A nossa família, ou seja, a família Gomes, migrou para esses torrões em março de 1973, há exatos 52 anos, onde obteve moradia, estudo, trabalho, etc. Nós, os descendentes, ainda temos parentes e amigos lá. Portanto, somos muito gratos por essa acolhida há meio século. Viva Lábrea! (www.facetasculturais.com.br).

Notinha de pesar – Morreu nesta semana, no dia 4, aos 87 anos o poeta mineiro Affonso Romano de Sant’Anna. Entre as suas mais de 60 obras consta o brasileiríssimo poema “A Implosão da Mentira”, cujos versos dizem: “Mentem, sobretudo, impone/mente. Não mentem tristes. Alegremente mentem./Mentem tão nacional/mente/que acham que mentindo historia afora/vão enganar a morte eternamente” (www.facetasculturais.com.br).

Por Angeline e Francisco Omes e Winnie Barros.

Fontes consultadas: 1. Livro a Arca de Noé, de Vinicius de Moraes, Cia das Letras; 2. Encarte do LP “Maria Bethânia: 25 anos”, SP: Philips/Polygram, 1990.

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