“Folclore ajuda a formar o cidadão”

Frase da semana: “As lendas do folclore são ecos do passado que ressoam no presente” (22 de agosto – Dia do Folclore_ – http://www.meapaixonei.com.br

Grosso modo, as tradições culturais de um povo, formam o seu folclore. Portanto, “não existe um povo sem tradições. Ele é importantíssimo na vida porque resgata os usos e costumes, e ensina o cidadão a amar a sua terra e a preservar as coisas – manifestações culturais – de sua região. A finalidade do folclore é fazer o cidadão defender suas tradições” (1).

O Dia Nacional do Folclore vem sendo celebrado oficialmente entre nós há 60 anos. A data de 22 de agosto, foi criada em 1965, pelo Decreto Federal nº 56.747, de 17.08.65. “Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo 1º Congresso da Entidade em 1951, “constituem fato folclore as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação” (1).

A palavra “folclore”, vem dos antigos termos saxões “folk“, popular e “lore“, conhecimento. Ou seja, “conhecimento popular“. “Hoje em dia, o termo é sinônimo do conjunto de tradições de um povo, expressas em suas crenças, lendas, canções e costumes – coisas que os povos da região amazônica, por exemplo, e os brasileiros em geral, têm de sobra, e uma riqueza que aparece com mais evidência nas manifestações folclóricas” (1).

A “ciência do povo”, ou seja, os conhecimentos e crenças, vêm das “lendas, músicas, danças, costumes, adivinhações, provérbios, crendices, jogos, poesias e demais práticas populares. O primeiro folclorista brasileiro foi o escritor, pesquisador e jornalista sergipano Sílvio Romero (1851-1914) que publicou no século XIX, uma coletânea de contos e poesias populares nacionais” (2) em seus dois primeiros livros, “A Filosofia no Brasil” e “Cantos do Fim do Mundo”.

“O criador do vocábulo “folclore” foi o arqueólogo inglês Willian John Thoms (1803-1885). No ano de 1846, Thoms, sob o pseudônimo de Ambrose Merton, dirigiu uma carta à revista “The Athenagum” de Londres, pedindo apoio para a realização de um inquérito sobre usos, tradições, canções e lendas das diversas regiões da Inglaterra . Mencionando nesse seu trabalho (de pesquisa) pela 1ª vez a palavra “folclore” e tendo sido divulgada a 22 de agosto consagrou-se essa data como o Dia do Folclore” (2).

No Brasil, os elementos que ensejam as práticas folclóricas são muito ricos, pois, “advêm das três raças que contribuíram para a formação cultural de nossa gente”. Os temas podem ser, especialmente, divididos em músicas, danças e instrumentos musicais (além, é claro, de suas subdivisões), originários dos povos europeus, africanos e indígenas. Neste artigo, abordamos, oportunamente, um pouco de cada, de forma bem didática, para a nossa melhor compreensão.

Luís Ellmerich, foi um estudioso do assunto. Ele nasceu na Alemanha em 1913 e ainda criança, em 1922, migrou para o Brasil (SP) na companhia da família. Aqui, tornou-se respeitado professor, musicólogo, escritor e compositor. Segundo esse mestre, “as caraterísticas da música folclórica são: espontaneidade; transmissão; funcionalidade; aceitação coletiva no agrupamento em que é criada; e curta, para mais facilmente ser memorizada. E, portanto, música concebida ou aceita e utilizada naturalmente por quem ignora por completo os aspectos teóricos da ciência da arte musical, tendo sempre uma função relacionada à vida da comunidade em que existe; transmite-se de forma predominantemente  oral, de um para outro membro da coletividade” (2).

DANÇAS DRAMÁTICAS – Sabemos que o nosso folclore, contém, entre outras manifestações, ricas e variadas danças como os bailados, que segundo Mário de Andrade, assim o são por “terem uma parte encenada ou representada alusivas a assuntos como: pastoril, reisado, maracatu, guerreiro, chegança, fandango, congado/congada, bumba-meu-boi, etc. Além destas, de origem portuguesa, espanhola e africana, há outras reminiscências indígenas como os caboclinhos, caiapós, tapuios/tapuiada. De todas as citadas, a dança dos Caboclinhos é a mais praticada no Nordeste (festejos de Natal, Ano Bom e Carnaval). Há ainda, outros tipos de “danças dramáticas” no Brasil, como a dos jardineiros, dos alfaiates, da cana verde, etc. Isso compra a grande variedade de valores do nosso folclore nacional” (2).

MÚSICAS FOLCLÓRICAS “No Brasil há diversas modalidades, de acordo com cada Região. Cita-se, por exemplo, “Samba de Chula” e o “Samba de Corrido” (nas proximidades da Praia de Itapoã-BA), o”Frevo” (Recife-PE), o “Coco/Baião” (no Nordeste, como um todo); o Cateretê”, o Samba, o Maxixe, entre outras modalidades. Todas são cantadas e dançadas, com exceção feita ao Frevo, que não comporta texto poético” (2).

MÚSICAS INFANTIS – Segundo Henriqueta Rosa Fernandes Braga (1909-1983), as cantigas e danças infantis são “suaves e embaladora de ninar; toadas para o ensino de soletração e da tabuada; estribilhos de estórias contadas e cantadas, chamadas para objetos, melodias para selecionar jogadores e numeroso cabedal de brinquedos cantados, cuja diversidade se estende as de palmas, cabra-cega, pular corda, grupos opostos, fileira, às de roda, em serpentina, assentadas e dramatizadas, entre outras” (2).

Vamos prosseguir por, pelo menos, mais dois artigos abordando essa interessante temática. No final, faremos uma conclusão sobre o todo aqui apresentado do nosso folclore.

NOTINHA ÚTIL 1 – Nesta semana, dia 22, a UFAM realizou a solenidade de formatura dos 28 acadêmicos de Farmácia, do 1º semestre de 2025. Foi mais que um ato formal, foi uma “festa” da Instituição e autoridades presentes, representadas pelo Magnífico Vice-Reitor, junto aos docentes, seus familiares e convidados, em especial as amigas Cleo, Larissa e a professora Alzanira Santos. Graduados aplaudidíssimos como o Pedro (orador da turma), Indra, Angeline, Kallena, Adonay e outros. A todos os parabéns do nosso blog (www.facetasculturais.com.br).

NOTINHA ÚTIL 2 – Para completar o contentamento dos jovens, estava presente ao evento, a renomada e veterana professora do IFAM, Dra. Alzanira Santos, para cumprimentar (e foi muitíssima bem recebida) seus ex-alunos de Química daquele Instituto Federal. Viva a Ciência! (www.facetasculturais.com.br).

Por Angeline e Francisco Gomes e Winnie Barros.

Fontes consultadas: 1. Texto “Folclore ajuda a formar o cidadão”, de Jony Clay Borges/Marita Ypiranga Monteiro. A Crítica, Manaus, 21.08.05; 2. Texto “Folclore”, em seis laudas, de 1985, sem nome do (a) autor (a); e 3. Foto extraída do livro “Por toda Parte“, vol. 6, de Solange Utuari e outros, FTD, 2018.

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