Foram felizes nos anos que se seguiram. Elizabeth tinha mais forças e gozava de melhor saúde. Na primavera de 1849, deu à luz um menino, fazendo redobrar a felicidade daquele matrimônio.
Mas, numa tarde de junho, em Florença, foi acometida por um ataque de bronquite, vindo a falecer em poucos minutos, com a cabeça apoiada sobre a face do marido.
Elizabeth legou-nos um testemunho duradouro do seu grande e puro amor. Ainda na Itália, entregou a Robert um caderno de sonetos, cuja tradução para o português foi feita pelo poeta pernambucano Manuel Bandeira.
Um destes é considerado o mais belo poema de amor escrito por uma mulher, em língua inglesa:
Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente alongando os olhos deste mundo
Os fins do ser, a graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.